Débora Araújo Seabra de Moura, natural de Natal-RN, nascida em 15 de julho de 1981, filha do médico psiquiatra José Robério e da advogada Margarida Araújo Seabra de Moura, a primeira educadora com síndrome de Down do Brasil. Ela, que na época do curso de magistério fez greve para não entrar na sala de aula enquanto não fosse aceita como igual, rompeu o preconceito lutando e mostrando o poder desta palavra transformadora: a inclusão.
Aos 20 anos, Débora decidiu que sua profissão seria na área da educação.
Nesta época, ela já havia feito diversos estágios e experimentado cargos em
lojas, como recepcionista de eventos e até chegou a desfilar para uma butique.
“Mas, quando fiz estágio em educação infantil, eu me apaixonei pelo trabalho
com crianças e resolvi ser professora”, diz ao Catraca Livre.
Débora sempre estudou em escolas da rede regular de ensino em Natal
(RN). O diagnóstico genético não a impediu de buscar seus sonhos, muito menos
seus pais, que apoiaram a escolha da filha desde o início. Ao terminar o ensino
médio, a jovem potiguar ingressou no curso de magistério (de nível médio) na
Escola Estadual Prof. Luiz Antônio e o finalizou em 2005, depois de quatro anos
DÉBORA E SUAS HISTÓRIAS
A professora já rodou o Brasil e foi a outros países, como Argentina e
Portugal, para dar palestras sobre o combate ao preconceito na sala de aula. Em 2013, ela lançou seu primeiro livro, chamado “Débora Conta Histórias” (Alfaguara Brasil), recheado de fábulas infantis que tratam de forma sutil a tolerância, o respeito e a amizade.
A obra reúne histórias que se passam na fazenda e têm animais como
protagonistas, só que inspirados em suas vivências pessoais. Uma das fábulas,
por exemplo, é sobre a discriminação que o pato sofria por não querer namorar
outras patas, mas sim patos. Em outra história, ela aborda a amizade entre um
cachorro e um papagaio. O texto da contracapa é assinado pelo escritor João Ubaldo
Ribeiro (1941-2014).
FONTE – CATRAVA LIVRE